Com as criptomoedas e NFTs a Blockchain ganhou grande destaque nos veículos de comunicação, atraindo a atenção de forma global. E nesse artigo estaremos relacionando a Blockchain e a Ética
O que é a Blockchain?
A Blockchain é uma tecnologia capaz de registrar o histórico de transações de forma imutável. Transações feitas na Blockchain, de forma simplificada, são registradas em múltiplos computadores (chamados de “nodos”).
Assim, com a blockchain tem-se um alto nível de confiança e veracidade de informações, visto que as transações são imutáveis. Essa qualidade de informação já ultrapassou as NFTs e o sistema financeiro e agora já encontra-se sendo aplicada em outros segmentos, como saúde, logística, agricultura, segurança, entre muitos outros.
E qual a relação com a ética?
Se por um lado temos a confiança nas transações, o que contribui para a ética e integridade, do outro lado temos aspectos que desafiam a ética. Os registros feitos na blockchain não permitem a identificação de uma pessoa física, o que torna extremamente difícil o rastreamento dos sujeitos envolvidos em uma transação.
Assim, a falta de identificação de pessoa física levou a um aumento no uso de criptomoedas e da tecnologia blockchain em geral para lavagem de dinheiro, financiamento ao terrorismo e facilitação de outros tipos de crimes como ataques hackers. Justamente por esse motivo, Joseph Stiglitz e Paul Krugman, laureados do prêmio Nobel acreditam que todo o sistema do blockchain é imoral.
Ademais, devido a novidade da tecnologia e a falta de identificação do titular da transação, governos e autoridades têm ainda grande dificuldade em regulamentar o setor de forma eficaz.
A falta de regulamentação pode trazer uma série de prejuízos à sociedade civil, que fica sujeita a atuações ilegais e imorais do uso da tecnologia por criminosos.
